TERAPEUTA TRANSPESSOAL
GOPI DEVI
O QUE É TERAPIA TRANSPESSOAL ?
A palavra TRANSPESSOAL (latim trans, “ir além de”, + pessoal), significa: O que está além do que é pessoal.
A Terapia Transpessoal se aventura meticulosamente aos estudos da expansão da consciência, tendo como base primordial a cura da percepção.
“Consciência é perceber o evento e capacitar a percepção em prol da existência” Pavitra Shannkaar
Ao longo de nossa existência passamos por muitas experiências e nos vestimos de muitos registros que ficam gravados no instinto de sobrevivência, interferindo diretamente na força primordial.
Muitos desses registros distorcem a expressão de nossa alma, refletindo para o mundo algo que não somos.
Durante a gestação, logo no primeiro pulsar de vida, o embrião recebe estímulos ambientais através das diversas manifestações da mãe, entenda que até a respiração é dada pela genitora, de fato uma relação naturalmente simbiótica.
Ao nascer, essa criança necessariamente assume o impulso de vida, e ela começa a respirar o primeiro hálito de vida. Essa respiração imprime um estado de autonomia e autorresponsabilidade…ela decide pela própria vida.
Essa criança, com o nascimento, permanece absorvendo a educação dos primeiros registros de condicionamentos do ego, para que haja o ancoramento dessa alma no corpo dentro da consciência humana. Esse é um papel desempenhado pela família nos primeiros anos de vida, é o primeiro laboratório dessa criança.
Os registros podem ser muito rígidos, pelas experiências dissonantes que fazem parte da construção das estruturas psíquicas e apresentam um padrão orubórico (cobra que morde o próprio rabo), uma força instintiva que conduz a uma trajetória dentro de um labirinto de equívocos, quando não há ressignificação dos registros.
Quando visualizamos os eventos que se instalam constantemente em nossa realidade, do ponto de vista desses padrões rígidos e rústicos que ainda não ganharam luz, tudo a nossa volta tem esse prisma.
Nesse caso, esse aspecto mais primitivo, guardado numa camada profunda da psique, emerge quebrando os acordos, consequentemente essa desonestidade contamina a percepção dos eventos…a desconexão com a realidade e com a consciência, que atravanca o norteamento da trajetória. Instalam-se então as doenças físicas, emocionais, financeiras, de relacionamentos, profissionais…
Assim surgem as neuroses. Neurose é a incapacidade de termos habilidade de resposta para os diálogos da consciência.
Nossa primeira missão de alma é justamente lidar com isso, a busca pela evolução desses padrões primitivos, obedecer à consciência que nos fala o tempo todo, qual o caminho a seguir para uma melhor fluidez da energia, e ancorar a responsabilidade de aperfeiçoar a autonomia e a liberdade.
A Terapia Transpessoal tem uma visão mais integrada da psique humana, dos registros gravados no instinto, uma amplitude que se desenrola por meio investigativo nas profundezas do inconsciente, pinçando as crenças limitantes registradas no corpo.
O método “Cura da Percepção” desenvolvido por Pavitra Shannkaar nos apresenta um repertório de vivências e pesquisas embasadas na terapia transpessoal, na psicologia, símbolos e sonhos, arquétipos, releituras mitológicas, estudos científicos e espirituais, mas principalmente na sua autobusca, ao longo de sua trajetória.
A “Cura da Percepção” é uma dinâmica profunda focada no processo de individuação e missão de alma. Restaurando, assim, tudo que foi adulterado.
Essa abordagem é eficaz para o aprofundamento da percepção, seguramente levará ao propósito e sentido de vida, a missão de alma.
Nos devolvendo a nós mesmos, para integração de nosso ser, facilitando nossa conexão com a base primeva, pois na verdade é exatamente isso que nos interessa, uma vida mais ancorada nas realizações e nos anseios de nossa alma. A conexão com a Consciência Maior, o Divino.
O autobuscador ganhará um repertório para a legítima escolha e transformação, conquistando a autonomia de sua vida. Ser dono de si. Aventure-se.
O AUTOBUSCADOR
O processo terapêutico para o autobuscador é imprescindível, aventurar-se para as exigências das próprias necessidades agindo indiscriminadamente, é ficar na horizontalidade, debatendo-se de um lado para outro, sem encontrar a saída.
A vida é repleta de eventos que acontecem sem a sua permissão. Consciente de suas defesas e de suas virtudes terá a oportunidade de prever e conduzir esses eventos.
No entanto, envolvido com as mazelas emocionais e inconscientes, correrá o risco de uma somatória de equívocos...como consequência poderá ser arrastado pelo coletivo, conduzido muitas vezes, para lugares onde não vai querer permanecer.
A consciência mantém um diálogo ativo, aprender a ouvi-la e obedecê-la irá mudar a sua existência, não só nessa passagem, mas também quando não houver mais o invólucro físico.
Ser um autobuscador é aceitar essa jornada consciencial interna, íntima e intransferível, traçando assim o seu próprio caminho de maneira mais fluida, consciente...criativa. Assim, enquanto autobuscador, estará se resgatando e se conduzindo para o seu rastro.
“O homem não é um ser que tem a postura ereta, o homem é um ser em processo de transformação. Quanto mais ele se capacita a si mesmo a vir a ser, mais ele dá cumprimento à sua verdadeira missão”. Rudolph Steiner (filósofo e educador)
Em algumas culturas, acredita-se que o Lobo representa o papel do professor, e a tartaruga representa a compaixão pelos filhos da Terra. Nossa missão é aprender e ensinar. A cura acontece com a troca honesta da partilha. Acreditar verdadeiramente na evolução.
O papel do terapeuta é ouvir, aprender e ensinar.
O desenho da vida é muito belo, as histórias que cada um tem para contar são únicas e emocionantes, com passagens enigmáticas e os propósitos de vida daquela alma. Todos nós temos a intenção genuína de sermos melhores.
O papel do terapeuta também é ser um facilitador, andar um passo à frente, segurar a mão, mostrar as possibilidades para o caminho que aquela alma escolheu. O terapeuta se compromete com a verdade, com sua própria lapidação, com a honestidade forjada na austeridade do processo evolutivo. O espaço terapêutico é um lugar sagrado.
Agora feche os olhos e imagine: em uma floresta escura, sem bússola, está você. Nesse momento de muitas incertezas, surge à sua frente um lobo. Ainda sem saber muito o que fazer, você decide pedir ajuda para encontrar a trilha que lhe conduz para casa. Você sabe onde é sua casa, mas não sabe como voltar. Ele irá lhe devolver a bússola. Voltar para casa é encontrar a si mesmo.